Após mais de uma década de silêncio, ROUTINE, o aguardado jogo de terror e ficção científica da Lunar Software, finalmente tem data de lançamento confirmada: 4 de dezembro de 2025. A notícia foi recebida com entusiasmo por fãs que acompanham o título desde seu anúncio original em 2012, quando o projeto prometia misturar atmosfera opressiva, tecnologia retrofuturista e um enredo claustrofóbico ambientado em uma base lunar abandonada.
O longo ciclo de desenvolvimento — que atravessou gerações inteiras de consoles e mudanças de mercado — fez de ROUTINE um símbolo da persistência de projetos independentes. Agora, com o apoio de tecnologias modernas e uma nova visão de design, o jogo promete entregar uma experiência única de terror psicológico e sobrevivência, onde cada som e cada sombra podem representar o fim da linha.
Um terror cósmico enraizado no medo do desconhecido
A proposta de ROUTINE é simples, mas poderosa: o jogador assume o papel de um explorador enviado para investigar uma base lunar que perdeu contato com a Terra. O que parecia ser uma missão de rotina (daí o nome do jogo) rapidamente se transforma em um pesadelo tecnológico.
Em vez de monstros sobrenaturais, o horror vem de máquinas autônomas, robôs de manutenção que perderam o controle e agora patrulham os corredores vazios da instalação. Cada encontro é uma questão de vida ou morte, já que o jogo não oferece segundas chances — a morte é permanente, forçando o jogador a repensar cada movimento.
Essa característica o diferencia de títulos consagrados como Alien: Isolation ou Dead Space, já que em ROUTINE o erro não é uma oportunidade de aprendizado, mas uma sentença definitiva. Além disso, o jogo conta com elementos de geração procedural, o que significa que nenhuma partida será igual à outra. Os inimigos e eventos surgem de forma dinâmica, mantendo o suspense constante e a sensação de vulnerabilidade total.
A evolução de um projeto que parecia esquecido
Quando ROUTINE foi revelado em 2012, o cenário dos jogos era completamente diferente. Aquele foi o ano em que títulos como Far Cry 3, Borderlands 2 e Mass Effect 3 dominaram as manchetes. Desde então, muitos desses jogos ganharam sequências, remakes e spin-offs — enquanto ROUTINE desapareceu dos holofotes, tornando-se quase uma lenda urbana entre os fãs de horror.
O silêncio prolongado da Lunar Software levantou dúvidas sobre o destino do projeto. Em 2017, os desenvolvedores confirmaram que o jogo havia passado por uma reformulação completa, migrando para uma nova engine e revisando completamente a direção artística. O estilo visual inspirado na estética retro-futurista dos anos 80, com monitores CRT e painéis de controle analógicos, foi preservado, mas com gráficos atualizados e iluminação moderna para criar uma atmosfera ainda mais opressiva.
Em julho de 2025, a equipe divulgou novas imagens e confirmou que o desenvolvimento estava “chegando à linha de chegada”. O trailer mais recente mostra trechos de jogabilidade inéditos, revelando mecânicas de hacking, sistemas de sigilo e uma trilha sonora ambiental composta por Mick Gordon, conhecido por seu trabalho em DOOM (2016).
Terror com identidade própria
Um dos aspectos mais elogiados de ROUTINE nas prévias é o modo como ele mistura o realismo técnico com o terror psicológico. Os corredores estreitos da base lunar, as falhas nas luzes, o som metálico dos passos e o ruído distante das máquinas criam uma tensão constante.
A ausência de HUD tradicional e o uso de uma câmera em primeira pessoa altamente imersiva contribuem para o sentimento de isolamento. Não há mapas, indicadores ou guias: o jogador precisa observar, ouvir e sobreviver. Essa abordagem reforça a ideia de que o medo nasce da incerteza — um conceito central no design do jogo.
O estúdio também confirmou que ROUTINE será totalmente compatível com o Xbox Game Pass, permitindo que assinantes joguem desde o lançamento em PC, Xbox Series X/S e Xbox One. Essa decisão pode impulsionar significativamente a popularidade do título, apresentando-o a uma nova geração de jogadores curiosos por experiências de horror mais autênticas e desafiadoras.
Uma segunda chance para um sonho lunar
A jornada de ROUTINE até aqui é um exemplo clássico de perseverança no desenvolvimento independente. Poucos projetos conseguem sobreviver a tantos anos de ajustes técnicos, recomeços e mudanças de direção. Para os desenvolvedores, o lançamento de dezembro representa não apenas o fim de um ciclo, mas também a realização de um sonho que parecia inalcançável.
Com uma combinação de terror existencial, exploração tensa e mecânicas imprevisíveis, ROUTINE promete oferecer algo que poucos jogos modernos conseguem: o medo do desconhecido em sua forma mais pura.

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